Imagine esse cenário: é dia de domingo, o clima está perfeito e o seu planejamento é aproveitar o último dia do final de semana descansado ao lado do seu fiel escudeiro. Está tudo saindo conforme o planejado até que, de repente, o seu cachorro começa a convulsionar. O que você faria nessa situação?

Em primeiro lugar, por mais difícil que seja, não entre em desespero, você precisa estar bem para tomar as medidas mais seguras e proteger o seu pet. Depois, tente deixar o local em que ele está o mais calmo, escuro e silencioso possível e afaste os artigos que podem machucá-lo.

E atenção, em hipótese alguma tente segurar ou colocar a sua mão próxima da boca do animal, pois o risco de ser mordido é grande, além de haver a possibilidade de causar engasgos. Quando a crise findar, permaneça ao lado do seu cão e tente tranquilizá-lo, sem permitir que faça movimentos bruscos.

Em seguida, é a hora de levá-lo ao veterinário para fazer uma investigação completa e entender o ocorrido. A Centervet possui profissionais altamente qualificados e com experiência em diferentes quadros clínicos, inclusive a epilepsia canina. Ou seja, o diagnóstico correto do seu cãozinho está garantido e, sem dúvidas, ele estará em boas mãos.

Como informação nunca é demais, separamos mais alguns dados sobre a epilepsia em cães para te dar mais noção sobre esse tema.

O que é a epilepsia canina?

A epilepsia em animais de estimação é uma afecção relacionada ao sistema nervo central e afeta as atividades cerebrais dos pets. Cientificamente falando, quando uma crise epilética ocorre, é produzido uma atividade elétrica fora do comum no cérebro, fazendo com que os neurônios se tornem sensíveis e hiperativos.

Essa alteração provoca uma euforia em excesso, afetando momentaneamente o sistema cerebral e causa uma variação dos movimentos – por isso a movimentação e espasmos involuntários – como também acarreta a perda da consciência, mudanças no comportamento e dificuldade de exercer atividades que exigem a coordenação motora.  

Quais as causas da epilepsia canina?

Não existe um único fator capaz de desencadear esse quadro e ele pode ser originado por diferentes motivos. Os estudiosos da área da medicina veterinária indicam ser possível dividi-los em:

• Crises epiléticas reativas: causadas por problemas endocrinológicos ou metabólicos, como, por exemplo, baixas taxas de açúcar no sangue, problemas renais ou insuficiência hepática.
• Crises epiléticas sintomáticas ou secundárias: desenvolve-se a partir de outra doença, como um tumor cerebral, neoplasias cranianas, AVC, intoxicação e doenças infecciosas.
• Crises epiléticas idiopáticas ou primárias: formadas por questões genéticas ou sem causas específicas, geralmente manifesta-se entre um até três anos.  

Conheça os sintomas

Essa doença pode ocorrer de uma forma branda, através de pequenos espasmos ou de um modo mais intenso, ocasionando fortes ataques convulsivos. Os episódios não têm um motivo específico para serem desencadeados, podendo ocorrer com uma certa periodicidade ou também demorar meses para o seu reaparecimento.

Os quadros convulsivos costumam durar segundos e, em sua maioria, não ultrapassam dos três minutos, mas mesmo com essa “curta” quantidade de tempo causam grande sofrimento aos pets, que se sentem fracos e desorientados quando recobram a consciência. Além desse sinal clínico, podem ser identificados outros sintomas como:

• Espasmos;
• Movimentos involuntários;
• Rigidez muscular;
• Perda de equilíbrio;
• Perda de controle do próprio corpo;
• Dificuldade de caminhar;
• Agressividade excessiva;
• Apatia;
• Falta de apetite;
• Grande agitação;
• Salivação excessiva.

Saiba os tratamentos

A epilepsia canina não possui cura, mas calma, isso não é motivo para preocupação, pois ela é facilmente tratável e de rápido diagnóstico.

A pessoa mais indicada para te dar os direcionamentos corretos, tanto da definição da categoria da epilepsia quanto o tratamento mais indicado, é o médico veterinário com especialização em neurologia. Esse profissional passará alguns exames e, com os resultados em mãos, dirá quais são os melhores cuidados e medicações.

Dessa forma, e com o acompanhamento indicado, os bichinhos podem viver uma vida normal!